quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Meu Moço Verde

 Ah, meu moço verde.
Câmera em punho, pincéis no bolso.
A garoa fria aplaca a sede
E você, o dia insosso.

Sinto seu cheiro de canela,
eucalipto, alecrim.
Vejo-o pela velha janela
E suspiras por mim.

Cabelos em desalinho
Casaco amarrotado
Pensamentos em torvelinho
Sorriso inesperado

   Meu artista desvairado
De ombros sujos de tinta
Sou mulher ao seu lado
Nada mais que menina