segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Poema ao Copo


Derrama, em um gole sôfrego
o whisky, a eterna chama vã
pela garganta já sem fôlego
molhando a alma não mais sã

Vá lá, bom homem, se perder.
Imundo, feio, pernas bambas
Tens tudo o que pode querer
bebidas ou a Puta, ou ambas.

Atrás de que mais poderia ir?
Além de um cômodo, esquecer
Do seguro e doce não sentir
Tudo no copo fácil de beber

A vida sórdida goteja lenta
Como sangue cálido em veias
como a existência bolorenta
do álcool em canecas cheias